06/08/2014 às 00h00 com informações de Diário do Comércio

Reforma tributária dos Estados fica para 2015

Como haverá eleição para governador, e novos nomes surgirão, decisão deve ser adiada

O secretário de Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, afirmou ontem, que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e o ministério da Fazenda chegaram a um consenso para deixar o projeto de reforma tributária dos Estados apenas para 2015. Como haverá eleição para governador, e novos nomes surgirão, é melhor adiar a decisão nesse campo complicado.

Calabi disse que o Confaz aprovou um acordo de convalidação, que é uma espécie de indicativo para o Congresso do que os Estados esperam de uma reforma tributária. De acordo com ele, o acordo contempla uma redução de alíquotas estaduais para 4%, a criação de um fundo de recomposição e perdas e um fundo de desenvolvimento regional.

Calabi esteve reunido no ministério da Fazenda com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e técnicos do órgão para um acompanhamento de contas. "É um acompanhamento normal. No fundo, é ver se os Estados vão fazer superávit primário", disse ao sair do encontro.

ICMS – O secretário estima um crescimento real de apenas 1% na arrecadação paulista de ICMS em 2014. Após a reunião, ele informou que o resultado da arrecadação de São Paulo está apresentando um resultado "razoavelmente bom" diante do crescimento mais fraco da economia.

Segundo Calabi, a arrecadação do ICMS no Estado até julho cresceu 7% em termos nominais; enquanto a previsão era de uma alta de 7,5%, nominal. Ele disse que apesar de o resultado ter ficado abaixo da estimativa inicial, o resultado foi razoável. O secretário afirmou que a arrecadação do ICMS está sendo prejudicada sobretudo pelo desempenho ruim da indústria.

Apesar dos números não tão positivos, Calabi assegurou que São Paulo conseguirá cumprir a meta de superávit primário prevista para este ano, de R$ 4,5 bilhões. Esse superávit compõe o resultado das contas do setor público consolidado, nas esfera dos governos regionais.